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Após investigar uma denúncia sobre venda irregular de anabolizantes na Zona Sul do Rio de Janeiro, a Polícia Civil fechou uma fábrica clandestina em Paciência, na Zona Oeste. O local, improvisado dentro de uma residência, era usado para a produção de substâncias ilegais.
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Durante a operação, os agentes da 12ª Delegacia de Polícia (DP) de Copacabana apreenderam 498 frascos de anabolizantes, avaliados em aproximadamente R$ 50 mil. Um homem, identificado como Leonardo Coelho de Sousa Rebelo, de 39 anos, foi preso em flagrante.
Leonardo admitiu aos policiais que aprendeu a fabricar os anabolizantes por meio de tutoriais encontrados na deep web, uma área da internet frequentemente usada para atividades ilícitas.
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Segundo o delegado Ângelo Lages, a investigação começou após a denúncia de que o suspeito vendia os produtos em academias na Zona Sul. No local, foram encontrados materiais prontos para venda e insumos para fabricação, incluindo frascos, ampolas e conservantes.
Durante o depoimento, o suspeito afirmou que lucrava cerca de R$ 10 mil mensais com a venda dos anabolizantes em academias que frequentava. As autoridades ainda investigam como ele obteve os hormônios necessários para a produção dos produtos, uma vez que a comercialização desses insumos é controlada e exige autorização específica.
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O delegado ressaltou que a produção ocorria em condições precárias de higiene e sem qualquer tipo de registro ou autorização legal. Os insumos básicos eram adquiridos pela internet, mas a origem dos hormônios, que têm a venda restrita, ainda é desconhecida.
“Agora queremos entender como ele conseguiu acesso ao princípio ativo dessas substâncias, que não é algo acessível a qualquer pessoa”, afirmou o delegado Lages.
Desde abril de 2023, o Conselho Federal de Medicina proibiu a prescrição de esteroides anabolizantes para fins estéticos, como aumento de massa muscular ou melhoria do desempenho esportivo.
A medida visa prevenir os riscos associados ao uso desses produtos, que incluem desde acne severa e aumento da pressão arterial até problemas graves, como tumores no fígado e pâncreas, de acordo com o Ministério da Saúde.