Uma mulher foi alvo de decreto de prisão temporária nessa quinta-feira, sob suspeita de ser responsável pelo assassinato de sua própria mãe na última terça-feira, na região de Paciência, localizada na Zona Oeste do Rio. De acordo com relatos de testemunhas, a suspeita teria sufocado a vítima dentro da residência em questão.

Agentes do 27º BPM (Santa Cruz) foi acionada por volta das 14h para responder a uma ocorrência na Rua José Silton Pinheiro. A princípio, acredita-se que a vítima tenha falecido de causas naturais. No entanto, após a chegada do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) ao local, constatou-se que a morte foi resultado de violência.

Em seu depoimento, o neto da vítima, que vivia com ela desde os 12 anos, relatou que a mãe, apontada como autora do crime, não tinha um bom relacionamento com sua avó. Ele revelou que a idosa era pensionista e cuidava de suas próprias finanças. Segundo o neto, em fevereiro, a suspeita foi à casa da vítima e tentou asfixiá-la para roubar seus documentos e cartões. No entanto, o jovem impediu a ação.

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Segundo o relato do neto, a vítima excluiu a filha da lista de beneficiários de seu seguro de vida, deixando apenas os três netos e outros dois filhos. Ele também afirma que a mãe já chegou a denunciar o irmão, que também residia com a idosa, por maus-tratos. No entanto, essa denúncia teria sido feita apenas com o objetivo de obter acesso ao dinheiro da vítima, sem qualquer interesse em cuidar dela.

No dia do crime, de acordo com o relato do rapaz, ele estava saindo para o trabalho por volta das 8h quando sua avó o chamou da janela, pedindo para que ele comprasse pão, pois a suspeita teria ido à casa da vítima mais cedo e roubado todo o dinheiro que ela possuía. Dessa forma, o neto pediu ao tio que parasse no supermercado e, em seguida, seguiu para o trabalho.

Por volta das 10h30, a esposa do neto entrou em contato, dando a triste notícia do falecimento da avó. Assim que recebeu essa informação devastadora, o neto prontamente retornou para casa e começou a ficar desconfiado com a alegação de morte natural, uma vez que sua avó estava em perfeitas condições de saúde. Ao conversar com os vizinhos, ele descobriu algo intrigante: sua mãe havia visitado a casa da vítima usando uma calça jeans, casaco, touca e máscara, mesmo com as condições climáticas não justificando o uso dessas vestimentas.

Em sua defesa, a suspeita relatou, durante seu depoimento, que estava realizando exames de mama no momento do crime e que não esteve presente no local. Ela ressaltou que foi informada do falecimento de sua mãe por volta das 12h, através de sua nora. Alegou que, ao tomar conhecimento dos acontecimentos, entrou em contato com sua irmã, que reside em Angra dos Reis, na Região dos Lagos.

A mulher enfatizou que, ao chegar à residência de sua mãe, encontrou seu irmão embriagado, acusando-a de ser responsável pela morte da idosa. Ela alega que seu irmão é dependente químico e alcoólatra, e que os vizinhos alertavam sobre seu comportamento abusivo em relação à própria mãe. Em contrapartida, o neto da idosa, que residia com ambos, afirma que seu tio é alcoólatra, mas consumia bebidas apenas durante o dia e dedicava-se a cuidar da vítima.

Os vizinhos da suspeita registraram em vídeo sua passagem próxima à residência da mãe no dia do crime. Uma segunda testemunha foi ouvida pelas autoridades policiais e confirmou ter reconhecido a mulher nas imagens. A justiça destacou que a suspeita não apresentou provas que sustentassem sua alegação de estar realizando exames na data e horário do incidente.

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