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Santa Cruz

Sepetiba, Guaratiba e Reserva podem desaparecer do mapa em 2030

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O futuro das regiões costeiras do Rio de Janeiro se encontra sob uma nuvem escura de incerteza. Um estudo recente da Climate Central, uma ONG de cientistas e jornalistas especializada em mudanças climáticas, paintou um cenário alarmante: Sepetiba, Guaratiba e a praia da Reserva podem desaparecer do mapa até 2030, vítimas da inexorável ascensão do nível do mar.

O mapa interativo da Climate Central, embora pessimista, é baseado em dados científicos rigorosos publicados na Nature, a principal revista científica do mundo. Estes dados revelam que o aumento do nível do mar, impulsionado pelas mudanças climáticas, representa uma séria ameaça a comunidades costeiras em todo o planeta. As consequências podem ser devastadoras, com impactos socioeconômicos profundos e deslocamentos populacionais em massa.

O estudo destaca que o problema é particularmente grave no Leste Asiático, onde áreas que abrigam hoje cerca de 200 milhões de pessoas podem ser inundadas até o final do século. No entanto, o Rio de Janeiro não está imune a essa ameaça.

O diferencial da pesquisa da Climate Central reside na utilização de dados atualizados sobre a elevação do solo em áreas costeiras. Ao contrário de estudos anteriores, que subestimaram a altura real dessas regiões, o novo estudo apresenta um panorama mais preciso e preocupante.

Com base no cenário mais pessimista, que prevê a inação em relação às mudanças climáticas, o nível do mar pode subir entre 60 cm e mais de 2 metros até o final do século XXI. Já na próxima década, entre 2020 e 2030, os efeitos dessa elevação serão sentidos com mais intensidade.

As consequências para as regiões de Sepetiba, Guaratiba e Reserva são desastrosas. Já em 2060, grande parte da área banhada pela Baía de Sepetiba pode estar submersa. O transporte por terra na região pode se tornar inviável, necessitando da implementação de um sistema de barcas para a locomoção da população.

Guaratiba e a praia da Reserva também não escapariam do destino trágico. A Lagoa de Marapendi se conectaria ao mar de forma permanente, alterando drasticamente a geografia da região e inviabilizando a ocupação humana.

O futuro de Sepetiba, Guaratiba e Reserva se encontra em uma encruzilhada. Se nada for feito para combater as mudanças climáticas e mitigar seus efeitos, essas regiões idílicas podem desaparecer em poucas décadas, tragadas pelas águas do mar.

É crucial que as autoridades tomem medidas urgentes para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e investir em medidas de adaptação à elevação do nível do mar. O futuro dessas comunidades depende da nossa ação imediata e da nossa capacidade de enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas.

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