A Ternium Brasil, dona da usina siderúrgica localizada em Santa Cruz, divulgou que vai investir US$ 40 milhões, cerca de R$ 210 milhões de reais,na construção de uma escola técnica com pretensões sociais no mesmo bairro carioca. A Escola Técnica Roberto Rocca vai ensinar eletromecânica, mecatrônica e será o principal projeto do recém-criado Instituto Ternium, que reúne as iniciativas sociais da empresa no Brasil.
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O nome da unidade homenageia o empresário ítalo-argentino, morto em 2003, que expandiu globalmente a empresa fundada pelo pai em 1945, a Techint, dona da Ternium. E a escola vai replicar no Brasil modelo de escola já implementado pelo grupo no México e na Argentina.
Fernanda Candeias, diretora do Instituto Ternium, afirma, ao O Globo, que o “foco das nossas ações é sempre desenvolver Santa Cruz e a escola vai nessa direção. Queremos que toda a infraestrutura seja utilizada também pela comunidade, como o auditório e as quadras esportivas”.
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Construção
A Ternium comprou um terreno de 161,6 mil metros quadrados às margens da Rodovia Rio-Santos, no sentido Rio para erguer o colégio. A unidade vai ocupar 8,8 mil metros de área construída. As obras começam dentro de três meses e devem ficar prontas em 2025, quando as atividades da escola se iniciam com 192 alunos do primeiro ano do ensino médio.
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Em 2027, a unidade deve estar funcionando com a capacidade máxima de 576 estudantes.
Mensalidade
A Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), comprada da alemã Thyssenkrupp pela Ternium há cinco anos, já havia construído uma escola em Santa Cruz. Mas o Colégio Estadual Erich Walter Heine — nome do presidente da CSA que morreu no acidente da Air France — foi erguido em 2011 por meio de uma parceria público-privada e é de inteira responsabilidade do governo do Estado.
Já a nova escola técnica será 100% gerida pela Ternium, que vai bancar suas operações. A companhia estima que o custo anual será da ordem de US$ 4 milhões, cerca de R$ 21 milhões. Todos os alunos terão alguma bolsa, mas nem todas serão integrais. “Ainda não fechamos os valores, mas serão mensalidades acessíveis e compatíveis com a renda da região”, concluiu Fernanda.